Um trabalho grandioso de mais de três décadas está correndo o risco de se perder definitivamente. Por falta de pessoas dispostas a assumir sua diretoria, a APAE de Jardinópolis pode fechar as portas, interrompendo um trabalho de 35 anos e deixando dezenas de portadores de necessidades especiais sem atendimento.
O problema decorre da inexistência de pessoas disposta a compor uma nova diretoria. A atual, que assumiu em janeiro de 2011, encerra seu mandato no final de dezembro – e já descartou a possibilidade de ser reconduzida. E até agora não surgiram pessoas dispostas a compor uma nova diretoria.
Rogéria Campelo, diretora técnica da APAE de Jardinópolis, explica que a situação é desesperadora. “O tempo está passando, estamos quase no Natal e ainda não encontramos uma solução. Uma dos nossas principais fontes de receita é um convênio com a Secretária de Estado da Educação, que é sempre assinado em janeiro. Se não houver uma diretoria legalmente constituída até lá, o convênio não poderá ser assinado”, destaca Rogéria.
Atualmente, a APAE atende 72 alunos internos (períodos da manhã ou tarde), das mais diferentes faixas etárias (tem de aluno recém-nascido até idosos de 62 anos), e presta ainda atendimento externo a outros 32 alunos (na EMEF Edda Saud Fregonesi).
Ao contrário de muitas outras APAEs, a de Jardinópolis não encontra-se em crise financeira – tem uma situação de caixa equilibrada e há poucos meses concluiu a construção de um moderno Centro de Reabilitação, localizado na Avenida Prefeito Newton Reis e que ainda não foi sequer inaugurado.
Apesar da situação financeira equilibrada, caso ninguém da comunidade se disponha a ajudar compondo uma nova diretoria, a APAE de Jardinópolis pode fechar.
Com a palavra, a sociedade de Jardinópolis.