Ao contrário do divulgado inicialmente, o prefeito José Antonio Jacomini não encaminhou para a Câmara Municipal o esperado projeto de terceirização da água em Jardinópolis – e o chefe do Executivo ainda não sabe se vai fazê-lo em curto prazo.
Depois de divulgar que mandaria o projeto ainda em dezembro para que, se fosse reprovado numa primeira votação, pudesse ser reenviado e reexaminado já em janeiro, o prefeito Jacomini analisou o cenário, constatou que uma aprovação no momento (agora ou no início de 2014) é mais que improvável e suspendeu provisoriamente o processo de concessão do serviço público de abastecimento.
Apesar de sete dos treze vereadores da Câmara Municipal terem sido eleitos na coligação liderada pelo prefeito reeleito, Jacomini conversou com seus aliados e encontrou forte resistência dentro da própria base aliada ao seu desejo de conceder o serviço para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Jacomini chegou a viajar a São Paulo e negociar o valor de outorga, a ser pago pela Sabesp em troca da concessão do serviço pelo prazo de 30 anos. Depois de oferecer inicialmente R$ 5 milhões, a Sabesp aumentou o valor para R$ 8 milhões (em três parcelas anuais). Técnicos da Sabesp estiveram em Jardinópolis e em reunião com os vereadores detalharam as medias que seriam adotadas para modernizar o criticado serviço hoje prestado pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Jardinópolis.
Nada disso convenceu alguns dos vereadores aliados do prefeito, que manifestara a Jacomini a preferência pela criação de uma autarquia, nos moldes da existente em Jaboticabal – o modelo de funcionamento da autarquia naquela cidade, aliás, é defendido também por vereadores que compõem a Comissão Especial de Estudos sobre a Água instalada pelo Legislativo.
Sem a garantia de que teria sete votos favoráveis, o prefeito brecou o envio do projeto (já pronto) e agora negocia nos bastidores, na tentativa de contornar a resistência apresentada por alguns vereadores.
Enquanto isso, a ideia de terceirizar o serviço de abastecimento de água fica parada – assim como os investimentos que se fazem necessários para modernizar a rede de captação e distribuição.