Recentemente estivemos no bairro São Francisco a pedido de um grupo de moradores para conversar sobre a situação da falta d'água, e no dia que estivemos lá, no começo da noite, o local já estava sem água desde as 16h daquele dia.
Em conversa com os moradores, nos relataram que a falta d'água é diária, com piora nos finais de semana, onde eles chegaram a
ficar 4 dias direto sem água nas torneiras.
Reservatório comprado por munícipe. (Foto: Renato Gomes)Alguns moradores estão optando por comprar reservatórios para armazenar a água, como visto na imagem abaixo, pois segundo os moradores, mesmo o caminhão pipa da Prefeitura indo até o bairro para abastecer o reservatório do poço artesiano, o mesmo nem chega a encher, pois logo acaba.
E esse não é um problema recente, é um problema de anos e anos, que se alastra até os dias atuais.
Já noticiamos aqui no site do Mídia Digital, e até mesmo na época do jornal impresso, esses problemas.
Os motivos para a falta d'água são vários, desde o desperdício causado por algum cano furado ou quebrado, como aconteceu em 2019, quando após denúncia da vereadora Marli Pegoraro (PSDB) durante Sessão Ordinária da Câmara, mostrou fotos e vídeos da situação daquela época de um vazamentos do Manancial Glória.
Outro problema relatado na mesma matéria, são as bombas dos poços que muitas vezes queimam, ou precisam de manutenção, o estranho é que elas queimam todos anos, e as vezes mais de uma vez, como na bomba do poço do bairro Jardim Morumbi, onde em julho 2019 a bomba queimou, sendo obrigado a troca do equipamento. 3 meses depois, em outubro, a nova bomba queimou, deixando os bairros Jardim Morumbi, São Gabriel, Santa Emília, Cidade Nova (parte de cima), São Lucas e Santa Fé, sem abastecimento até resolverem o problema.
Curiosamente, nesse mesmo mês de outubro de 2019, a câmara dos vereadores rejeitou um projeto que visava a contratação de uma empresa reguladora para os serviços de água.
Caso o projeto fosse aprovado, a empresa contratada teria como funções: estudos sobre melhorias no abastecimento de água, analisar parâmetros sobre a qualidade da água, monitoramento do sistema da rede, controle de perdas, manutenção preditiva de termografia e vibração, treinamento e capacitação de prestadores de serviços de saneamento, ouvidoria, reajuste e revisão de valores de tarifas e preços para garantir o equilíbrio econômico-financeiro, entre outros.
A grande questão que foi levantada durante aquela Sessão por mais de uma vez por quase todos os vereadores que votaram contra o projeto foi sobre o aumento das tarifas, alegando que além da prefeitura pagar um valor para empresa, a mesma ainda iria acabar aumentando o valor pago pelo consumidor.
Ainda que uma das funções da Agência seja o reajuste e a revisão dos valores e tarifas, nada se tem em concreto que seria feito esse reajuste, pois antes teria que ser realizado todo um estudo da situação encontrada na cidade, para ai se chegar num possível aumento.
Na ocasião, o projeto com a contratação da empresa reguladora, foi apresentada em audiência pública, onde dos 9 vereadores que votaram contra o projeto, apenas 4 estavam nessa audiência antes da votação, Cleber Bicicletaria (Cidadania), a então presidente da Câmara Marli Pegoraro (PSDB), Professora Aninha (PDT) e Gustavo Sabá (MDB).
Dos 4 que votaram a favor, apenas 1 estava presente, o vereador José Eduardo Fofo (MDB).
Durante todo ano de 2020 surgiram, nas redes sociais, vários relatos e reclamações de moradores com a falta d'água, e isso se alastra até os dias de hoje, em 2021.
Em abril desde ano de 2021, durante última entrevista que fizemos com o prefeito Paulo Brigliadori (Cidadania), em parceria com o Jornal A Cidade de Jardinópolis, fizemos a seguinte pergunta e tivemos a seguinte resposta: