Mães e alunos da escola municipal Elza Pegoraro, de Jardinópolis, afirmam que os estudantes apanharam da inspetora da escola e de policiais militares, na manhã desta quarta-feira (13). A Polícia Militar (PM) nega que tenha ocorrido agressão por parte dos policiais e diz que pais de estudantes jogaram pedras na escola.
Uma mãe, de 33 anos, que preferiu não se identificar, decidiu tirar os filhos da escola. “Hoje [quarta] minha filha me ligou chorando de lá”, diz. Segundo a menina, de 11 anos, nesta quarta houve uma briga entre alunos da escola e a PM foi acionada. “Ela contou que os policiais jogaram spray de pimenta e agrediram os alunos.
Depois os alunos começaram a quebrar a escola. Já liguei na escola e avisei que não vou mantê-los lá. Ponho meus filhos na escola pra estudar e não pra ser espancado”, diz a mãe.
Outra mãe, de 36 anos, também relata agressões contra o filho dela, de 12 anos. “Um policial deu um tapa na cara dele. A mulher que fica no portão é que mandou o policial bater”, diz ela.
De acordo com funcionários da escola, que também não quiseram se identificar, os alunos jogaram pedras na escola, quebraram o vidro do carro de um professor e chutaram um portão. Por isso, segundo eles, a Ronda Escolar foi acionada. Ainda segundo funcionários, professores foram agredidos verbalmente pelos alunos. Procurada pela reportagem, a Secretária Municipal de Educação não retornou às ligações.
Outro lado
Segundo a Polícia Militar (PM), uma viatura da Ronda Escolar foi acionada, pois estava ocorrendo um tumulto entre alunos e funcionários da escola municipal Elza Pegoraro.
Quando a viatura chegou ao local os estudantes foram liberados pela direção da escola. Nesse momento, os pais chegaram para buscá-los. Ainda segundo a PM, os estudantes contaram para os pais que teriam sido agredidos por funcionários e os pais, indignados, jogaram pedras na escola. Outras viaturas foram solicitadas.
A PM afirma que em momento algum teve agressão por parte dos policiais e que os pais foram orientados a comparecer em uma base da PM para qualquer esclarecimento.
As mães que conversaram com a reportagem disseram que não registraram boletim de ocorrência sobre o caso.